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ANNE GRACIE - A PRINCESA ROUBADA

 
ANNE GRACIE - A PRINCESA ROUBADA 

 
Ela ergueu a mão para acertá-lo e ele a segurou. Naquele momento a lua saiu detrás das nuvens, iluminando o topo do precipício — e o rosto da mulher — com uma luz clara e prateada.
Gabriel já tinha perdido o ar mais de uma dúzia de vezes. Todas as vezes ele achava que estava morrendo.
Ele já tinha levado um coice de um cavalo na cabeça uma vez. E isso o tinha deixado com a cabeça confusa durante um tempo.
E algumas vezes na vida ele tinha estado tão bêbado que tinha perdido a noção do tempo e do espaço.
Vendo o rosto dela sob o luar era como sentir todas essas coisas juntas. E mais. A respiração de Gabe parou. Ele se esqueceu de como fazia para falar. Era incapaz de pensar. Ele apenas podia olhar. E olhar. E olhar.
Ela tinha o rosto mais doce que ele já tinha visto, redondo, doce e triste, e de alguma maneira… verdadeiro, emoldurado por uma nuvem escura formada pelos cabelos ondulados. Um anjo que tinha descido à Terra. Com a boca mais perfeita para se beijar no mundo.
Ela devolveu o olhar dele. Os olhos dela eram bonitos, ele pensou, olhos nos quais um homem poderia se afogar alegremente. E ele se perguntou de qual cor seriam.
“Solte-me nesse instante!”, o anjo falou de repente, e a respiração de Gabriel voltou com um grande sopro de ar. O anjo era muito, muito humano. E estava muito, muito assustado.


 
 


 

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